Saiba como surfar na onda do mercado com maior volume de investimentos do Brasil.
As fintechs surgiram para trazer mais inovação no setor que, mesmo com tantas burocracias, é um dos mais importantes para o funcionamento da economia mundial – o setor financeiro.
Elas tiveram tanto sucesso que acumulam crescimento ano após ano. Aliás, apenas em 2020, mais de 105 bilhões de dólares foram investidos nesse tipo de negócio no mundo inteiro!
A grande questão é que você também pode surfar nessa onda da tecnologia financeira aproveitando as grandes oportunidades escondidas no nosso país.
Entre elas está a falta de acesso a crédito. Você pode usar a tecnologia para construir um modelo de venda no-touch (onde a tecnologia substuitui pessoas), aumentando a sua receita sem aumentar custos!
O que você vai aprender:
O que é Fintech?
O termo fintech vem do termo em inglês financial technology (em português, tecnologia financeira). De acordo com o Banco Central do Brasil,
Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.
Ou seja, as fintechs vão muito além da tecnologia, elas oferecem soluções para diversos problemas enfrentados no setor financeiro. Um grande case é o Nubank, o maior exemplo de fintech brasileira.
O Nubank nasceu de grandes problemas enfrentados em nosso país – burocracia dos grandes bancos, enorme concentração bancária e falta de transparência são alguns deles – e se tornou uma das startups de maior sucesso do mundo.
Categorias de fintechs
Na hora de dar o pontapé inicial na construção da sua fintech, é interessante saber quais são as principais categorias nas quais você pode atuar. Veja na imagem abaixo quais são elas!
O Mercado de Fintechs: tamanho e oportunidades
Diante de tantos desafios enfrentados no setor financeiro do Brasil, surgem diversas oportunidades para empreendedores que ousam inovar nesse meio.
Investimento global
O investimento em fintechs cresce ano após ano. Dados da Statista mostram que, em 2020, foram investidos U$ 121,5 bilhões. Enquanto isso, apenas na primeira metade de 2021, esse valor somou U$ 98 bilhões.
Isso mostra como o mercado, cada vez mais maduro, continua muito aquecido. Muitas oportunidades surgiram, inclusive, com a pandemia do coronavírus, porque ela acelerou a adoção tecnológica.
Investimento no Brasil
Já no Brasil, de acordo com dados da Distrito, as mais de 1158 fintechs existentes receberam U$ 517 milhões de investimento apenas no primeiro trimestre de 2021. Isso é equivalente a 25% de todo o valor aportado em 2020.
Um fator que pesou para os investimentos de 2020 foram os grandes aportes recebidos pelo Nubank, em agosto, e pelo Banco Neon, em setembro, ambos no valor de U$ 300 milhões cada.
No gráfico abaixo, também elaborado pela Distrito, podemos ver que mais da metade de todo o funding das fintechs é recebido pelos serviços digitais.
E abaixo, as startups mais investidas e as maiores rodadas de investimento do Brasil…
Quem são os principais players?
Quando falamos do mercado de fintechs, temos que considerar alguns grandes players. Estão entre eles os governos, instituições tradicionais, companhias de tecnologia e os negócios mais inovadores, como mostra a imagem abaixo.
É interessante ver como os bancos digitais brasileiros conseguem um grande destaque mundial. De acordo um estudo da Whitesight, o Nubank é o maior neo-bank do mundo por base de usuários!
O gráfico abaixo da idwall também mostra o crescimento da base de usuários de todos os bancos digitais brasileiros. Mais de 54 milhões de contas foram abertas em 2020.
“Demografia” das Fintechs brasileiras
Onde estão as fintechs brasileiras? O sudeste é responsável por abrigar mais de 70% de todas as fintechs do nosso país. Além disso, São Paulo foi eleita a cidade com o quarto maior ecossistema de fintechs do mundo!
Sobre a idade das fintechs brasileiras, dados da Distrito mostram que quase 60% delas foram fundadas a partir de 2016. É um ecossistema cada vez mais maduro, mas com startups relativamente novas.
Outro ponto a se destacar é o modelo de negócio dessas fintechs. Embora seja comum pensar apenas num modelo para consumidor quando pensamos em fintechs, mais de 50% delas tem um modelo B2B.
Outros dados sobre o mercado brasileiro
Um dado muito interessante mostra que o onboarding é peça fundamental para o sucesso de um banco digital. Clientes que avaliam a experiência no onboarding com notas 9 e 10 estão 624% mais propensos a seguirem na instituição financeira.
Outro dado mostra como o consumidor brasileiro estava desesperado por soluções às grandes instituições tradicionais. As maiores fintechs brasileiras levaram, em média, 1 ano e 11 meses para alcançar o primeiro milhão de clientes e 3 anos e 9 meses para alcançar 5 milhões.
Além disso, 14 milhões de pessoas foram bancarizadas em 2020 e o tempo de aprovação de novos clientes caiu 59% de 2020 a 2021, mesma tendência do tempo médio de cadastro, que foi de 11 para 7 minutos (redução de 36%)
Por fim, podemos destacar o aumento da competitividade. Com o surgimento dos bancos digitais, a participação de mercado dos grandes bancos tradicionais cai ano após ano.
Desafios e riscos
Embora seja um setor cheio de oportunidades, é claro que existem os seus desafios e riscos. Entre os principais estão os problemas com segurança, fraudes e regulações.
A acelerada transição para o digital em 2020 causou um enorme aumento no número de fraudes. De acordo com a pesquisa global de 2020 da Experian, 70% dos negócios online brasileiros afirmaram ter tido aumento no prejuízo por causa de fraudes.
Ao mesmo tempo, 1 em cada 5 brasileiros já teve a identidade roubada na Internet, cerca de 24 milhões de vítimas no país.
A burocracia e grande confusão em relação às regulações, que vem aumentando nos últimos anos com o amadurecimento do ecossistema, também gera problemas. Descumprimentos de normas de KYC acumulam R$ 900 milhões em multas nos últimos 10 anos no Brasil.
Alguns dos maiores riscos para segurança nos bancos digitais hoje são:
- Deep fake: criminosos conseguem recriar o rosto do usuário e usá-lo para passar por etapas de segurança;
- Mudanças no Open Banking: mudanças nos sistemas de segurança causam confusão nos clientes e abrem margem para exploração dos criminosos;
- Sequestro de SIM: com controle do número de celular, o criminoso consegue ter controle das contas do usuário;
- Vazamento de dados: recordes de vazamentos foram registrados em 2020, também causados pela rápida adoção da tecnologia.
Oportunidades
A América Latina é o mercado com as maiores oportunidades para as fintechs. E o Brasil é o país da região que recebe, disparadamente, os maiores investimentos e tem o maior número de no mercado de startups.
Na América Latina, encontram-se 33 países, onde moram mais de 650 milhões de pessoas, uma grande parte delas não-bancarizadas ou sub-bancarizadas. Ainda há uma grande concentração bancária, o dinheiro ainda é o principal meio de pagamento para a maioria da população e o acesso ao crédito é para poucos.
Em 2017, no Brasil, havia mais pessoas com celulares do que com contas bancárias, cerca de 50 milhões de pessoas com um celular, mas sem conta bancária.
A pandemia mostrou como os brasileiros são rápidos a adotar novas tecnologias. É esperado que, ainda em 2021, o número de contas em bancos 100% digitais passe de 200 milhões.
As taxas de crédito do Brasil estão entre as maiores do mundo, chegando a mais de 50% em alguns casos. Um estudo feito pelo Goldman Sachs também em 2017 esperava uma receita para fintechs em torno de R$ 75 bilhões nos 10 anos seguintes. Isso antes da pandemia!
Ainda no Brasil, temos…
- 34 milhões de brasileiros com acesso precário ao sistema bancário (21% da população – R$ 347 bilhões movimentados anualmente)
- 16,3 milhões de pessoas desbancarizadas
- 17,7 milhões sub-bancarizadas
De quem não possui conta em banco, 44% afirmam não querer ou não precisar do serviço, enquanto 40% afirmam não possuir renda ou estarem negativados.
Tendências: o futuro das Fintechs
Um estudo desenvolvido pelo Venture Capital Club da Universidade Católica em parceria com a Bynd Venture Capital revelou 10 tendências que estão agrupadas em cinco grandes macrotendências para o mercado de fintechs que vamos analisar agora.
- Autonomia financeira
- Bancos 100% digitais
- Cibersegurança
- Educação financeira
- Open Banking
- RegTech
- Finanças integradas
- Criptomoedas
- Financiamento alternativo
- Sustentabilidade
Digitalização dos processos financeiros
Como você já viu, a pandemia acelerou muito a adoção de soluções digitais que oferecem maior autonomia financeira. A tendência é que isso não pare de crescer, incorporando novas tecnologias.
Inteligência Artificial, machine learning e chatbots de assistentes virtuais estão oferecendo soluções cada vez melhores, além de atuar mais ativamente para promover a segurança dos usuários.
Os bancos 100% digitais também estão se adaptando para entregar aquilo que os clientes esperam. Inclusive empresas de outros segmentos, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Rapi começam a criar “super-apps” que funcionam também como bancos digitais.
Segurança digital
Para combater os problemas das fraudes e da falta de segurança no geral que você viu nesse artigo, há uma forte tendência em promover mais segurança digital.
Aqui novamente a Inteligência Artificial ganha força, mas também surgem as RegTechs (tecnologia regulatória) para atuar na proteção de dados.
Outros pontos se fortalecendo são a biometria facial para transferências de alto valor, proteções além de senhas, Inteligência de Dados e cartões virtuais de débito.
Educação financeira
Entender como lidar com as finanças pessoais é essencial para o progresso de uma população. Algumas empresas estão atuando para trazer a educação financeira para o público.
No Brasil, há grandes players como o Grupo Primo, que vem atuando há anos para aumentar a consciência da população em relação ao dinheiro e à economia.
Com o Open Banking e a autonomia financeira, é importantíssimo que os usuários saibam lidar com o próprio dinheiro.
Financiamento alternativo
A dificuldade do acesso ao crédito no Brasil traz à tona outra grande tendência – a do financiamento alternativo. Há outras formas de bancar projetos.
Entre elas estão o financiamento P2P (peer to peer), que liga diretamente investidores aos mutuários, e o Crowdfunding, que permite que várias pessoas invistam em um único projeto.
Soluções que facilitem empréstimos ou apoiem novas formas de financiamento são bem-vindas.
Soluções de pagamento integradas
Como vemos em diversas soluções de diversos setores, tudo que torna a vida do cliente mais simples tende a ter sucesso. As soluções de pagamento integradas também facilitam a vida do usuário.
Aqui também há um destaque para as criptomoedas, que serão cada vez mais usadas como meio de pagamento. Vem ganhando força também o conceito de Banking as a Service (BaaS).
Como começar uma Fintech?
Trabalhar a inovação, principalmente transformando o seu modelo de negócios, não é nada fácil. Por isso é extremamente necessário ter uma metodologia para seguir se você quer começar ou se tornar uma fintech.
Quero que você pense sobre…
A grande diferença entre sucesso e fracasso
Imagine que dois irmãos querem começar um negócio, mas eles decidem que cada um vai começar o seu. Eles têm absolutamente a mesma condição – são da mesma família, estudaram nas mesmas escolas e frequentaram os mesmos ambientes.
Os dois têm uma vida consideravelmente boa, conseguiram formar uma boa família e cada um teve dois filhos, irmãos como eles mesmo foram!
Há apenas uma grande diferença entre eles – enquanto João busca aprender com todos aqueles que vieram antes dele, Pedro acredita que não precisa de ajuda, acha que já sabe de tudo que precisa.
Ambos possuíam grande inteligência, mas João era muito bem informado, sabia o que havia dado certo e o que havia dado errado. Enquanto isso, Pedro seguia apenas a sua própria cabeça e não aceitava opiniões contrárias.
Você pode estar se perguntando o que isso tem a ver com começar uma fintech.
Bom, eles finalmente começaram os seus negócios. Embora tenham decidido não atuar juntos, ambos decidiram, justamente, atuar no setor financeiro!
Mas apenas um deles teve sucesso, e eu acho que você já sabe quem foi… Depois de estudar muito, João decidiu seguir uma metodologia que já havia sido usada para construir grandes empresas e, como era de se esperar, chegou lá.
Pedro nunca saiu do lugar.
Da mesma forma, para começar a sua fintech, você precisa seguir uma metodologia que já foi testada por outros grandes empreendedores, como o que você verá a seguir…
A metodologia do Vale do Silício para construir negócios de crescimento acelerado
Embora a história seja fictícia, ela serviu para ilustrar um ponto muito importante – a importância de seguir uma metodologia. E é isso que fazemos com os negócios que passam pela 49 educação.
No nosso programa, você vai aprender passo a passo para construir a sua fintech com base na metodologia desenvolvida no ambiente mais inovador do mundo (o Vale do Silício).
Nós provamos o poder da nossa metodologia de duas formas…
- Nos negócios dos nossos clientes, como mostraremos a seguir;
- No nosso próprio negócio, o que nos fez sair do zero até o primeiro milhão de faturamento em apenas 9 meses.
O sucesso dos nossos clientes é o que sustenta o nosso crescimento…
Estudo de caso: Poupay+
A Poupay é uma startup que nasceu dentro do programa da 49. Os seus fundadores entraram sem ter ideia do que queriam criar e, em algumas semanas, captaram um investimento de R$ 300 mil!
A sua solução ajuda mulheres no controle de gastos através da Inteligência Artificial, aproveitando a tendência dessa tecnologia e da educação financeira comentadas no artigo.
Veja o que o próprio Jean, cofundador da Poupay+, tem a dizer sobre o programa!
“Se eu soubesse disso quando comecei a empreender, se tivesse um curso desse, da magnitude da 49, com certeza eu já teria decolado muito antes.”
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Perguntas Frequentes
O que é uma fintech?
Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.
Qual a diferença entre fintech e techfin?
Enquanto as fintechs oferecem serviços financeiros através da tecnologia para solucionar problemas do setor, as techfins são empresas de base tecnológica que ajudam, principalmente, outras empresas do setor.
Como começar uma fintech?
Veja a seção como começar uma fintech.
Quais são as principais fintechs brasileiras?
Entre as principais fintechs do Brasil estão:
- Nubank
- Creditas
- Méliuz
- PicPay
- Neon
- Stone
- PagSeguro